Georreferenciamento dos casos de tuberculose em Rondônia: estudo ecológico entre 2008 a 2018

Autores

Palavras-chave:

Tuberculose, Mapeamento geográfico, Sistemas de Informação, Vigilância em Saúde Pública

Resumo

Introdução: O georreferenciamento é uma importante ferramenta para identificar como tem ocorrido a distribuição espacial dos casos e auxiliar na definição de estratégias para o controle de uma doença. Objetivo: Analisar o georreferenciamento dos casos de tuberculose (TB) em Rondônia, no período entre 2008 a 2018. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo ecológico com abordagem quantitativa realizado no estado, a partir dos registros dos doentes de TB notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e tratados em Rondônia no período supracitado. A coleta de dados foi realizada por meio do levantamento das variáveis (município de notificação, município de residência, município de tratamento e situação de encerramento) e, posteriormente, realizada análise descritiva e espacial, após atender aos preceitos éticos. Resultados: Foram selecionados 7.643 casos por atenderem os critérios previamente estabelecidos. Destes, a maioria foi notificada na Região Madeira Mamoré (67,5%), principalmente em Porto Velho. Quando comparado o município de notificação e residência verificou-se centralização das notificações e tratamento da TB diferentes do município de residência, refletindo nas situações de encerramento, tais como baixos percentuais de cura e elevado para abandono. Conclusão: A distribuição espacial dos casos, revelam que a TB se concentra na capital e municípios fronteiriços do estado determinados pelas especificidades locais e pelo próprio processo de gestão em não priorizar, dentro do planejamento de saúde, ações voltadas para o controle da TB.

Referências

BERALDO, A. A. et al. Adesão ao tratamento da tuberculose na Atenção Básica: percepção de doentes e profissionais em município de grande porte. Esc Anna Nery, v. 21, n. 4, p. e20170075, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 112, p. 59-62, 13 jun. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de Tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde, número especial, mar. 2020.

FERREIRA, M. R. L. et al. Tuberculosis in prison and aspects associated with the diagnosis site. Journal of Infection in Developing Countries, v. 13, p. 968-977, 2019.

FERREIRA, M. R. L. et al. Fatores de risco para o abandono do tratamento da tuberculose em um município prioritário Amazônico. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental (Online), v. 13, p. 185-191, 2021.

FUSCO, A. P. B. et al. Distribuição espacial da tuberculose em um município do interior paulista, 2008-2013. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 25, p. e2888, 2017.

FIGUEROA-MUNOZ, J. I.; RAMON-PARDO, P. Tuberculosis control in vulnerable groups. Bulletin of the World Health Organization. v. 86, n. 9, 2008. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/bwho/2008.v86n9/733-735/en.

LIENHARDT, C. From Exposure to Disease: The Role of Environmental Factors in Susceptibility to and Development of Tuberculosis. Epidemiologic Reviews, v. 23, n. 2, p. 288-301 2014.

IBGE. População. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/porto-velho. Acesso em: 29 maio 2019.

LEAL, B. N. et al. Análise espacial em tuberculose e a rede de atenção primária em saúde. Rev. Bras. Enferm., v. 72, n. 5, p. 1197-1202, 2019.

LEVINO, A.; OLIVEIRA, R. M. Tuberculosis among the Indian population in São Gabriel da Cachoeira, Amazonas State, Brazil. Cad. Saúde Pública, v. 23, n. 7, p. 1728-1732, 2007.

MABUD, T. S. et al. Evaluating strategies for control of tuberculosis in prisions and prevention of spillover into communities: an observational and modelin study from Brasil. PloS med., v. 16, n. 1, p. e1002737, 2019.

ORFÃO, N. H. et al. População em situação de rua: perfil dos casos de coinfecção tuberculose e HIV. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 10, p. 3565, 2021.

ROJAS MATTOS, M. et al. Spatial Distribution of Tuberculosis and Socioeconomic Inequalitites in Cochabamba. Bolívia, J Community Med Public Health, v. 3, n. 3, p. 165-175 2019.

RONDÔNIA. Comissão Intergestores Bipartite. Resolução n. 087, de 08 de maio de 2014. Porto Velho, 08 maio 2014.

VILLA, T. C. S. et al. Capacidade Gerencial da Atenção Primária à Saúde para o Controle da Tuberculose em Diferentes Regiões do Brasil. Texto contexto - enferm., v. 27, n. 4, p. e1470017, 2018.

WHO. Global tuberculosis report 2019. Genebra: WHO, 2019.

Downloads

Publicado

08.12.2021

Como Citar

ORFãO, N. H.; SIQUEIRA, T. C.; SOUZA, G. A. S. C. de; BARROS, N. de O. Georreferenciamento dos casos de tuberculose em Rondônia: estudo ecológico entre 2008 a 2018. Revista de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, v. 4, n. 1, p. 7–17, 2021. Disponível em: https://revista.saude.ms.gov.br/index.php/rspms/article/view/154. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais