Organização do serviço e satisfação do profissional farmacêutico na atenção básica e especializada em um município brasileiro
Palavras-chave:
Satisfação profissional, Cuidado farmacêutico, Farmácia clínica, Atenção farmacêutica, Serviços clínicos farmacêuticosResumo
O Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) tem passado por amadurecimento e aperfeiçoamento que incluem a gestão de custos com vistas à melhor qualidade dos serviços prestados e a segurança dos pacientes. A gestão clínica da farmacoterapia e dos desfechos em saúde é parte imprescindível para o alcance dos resultados esperados com o uso dos medicamentos, para restabelecer a saúde dos pacientes ou melhorar a sua qualidade de vida. A satisfação profissional tem despertado relevante interesse e pelas implicações que tem na sua saúde e na qualidade de vida, e pelas repercussões nas organizações, ao nível da produtividade. A pesquisa tem por objetivo verificar o nível de satisfação do profissional farmacêutico do setor público em um ambiente de prática clínica. Utilizou-se se um instrumento já validado de caráter descritivo, prospectivo, quantitativo e qualitativo, seguido pela análise de associação entre satisfação e o ambiente de trabalho farmacêuticos da rede municipal de saúde de Campo Grande-MS. Participaram da pesquisa 47 farmacêuticos, correspondente a 74,6% dos farmacêuticos lotados na atenção especializada de saúde e atenção básica de saúde. Os níveis de satisfação foram classificados pela escala de Likert e percentualmente variando de “ruim†a “excelente†e em termos de porcentagem, sendo considerados satisfeitos quem respondeu “bomâ€, “muito bom†ou “excelenteâ€, ou acima de 69,9% em termos percentuais. A satisfação profissional foi classificada como “regular†(62,7%), a relação com chefe imediato e o estado de espírito das equipes com distribuição “muito bom†(91,1%) e “bom†(89,1%) respectivamente. O salário e a relação com os órgãos superiores de gestão que obtiveram avaliação “ruim†com 19,6% e 26,1% nesta ordem. A satisfação global também foi avaliada “bom†com 91,2% de respostas positivas. Não houve diferença estatisticamente significativa de satisfação entre os sexos entre as respostas obtidas, e nem entre quem trabalha na Atenção Básica de quem trabalha na Atenção Especializada., contudo as mulheres estão ligeiramente mais satisfeitas com o trabalho (61,1%) do que os homens (57,1%). Quanto ao sentimento em relação à formação que o profissional e acadêmica foi adequada para 80,85%. Apenas a faceta que tratou da adequação entre o número de profissionais do serviço e a quantidade de trabalho, obteve resposta com diferença estatisticamente relevante e apontou que os profissionais da Atenção Especializada estão menos satisfeitos.
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