Benefícios advindos da técnica de Ogawa-kudoh para diagnóstico, controle e avaliação da tuberculose em Mato Grosso do Sul, Brasil
Palavras-chave:
Mycobacterium tuberculosis., Diagnóstico laboratorial, Indígenas, Mato Grosso do SulResumo
Introdução: A tuberculose continua sendo grave problema mundial de saúde pública. Seu diagnóstico precoce e tratamento ainda constituem desafios. Entre os recursos diagnósticos, a cultura de Mycobacterium tuberculosis é padrão-ouro. Objetivo: Relatar como a semeadura com a técnica Ogawa-Kudoh foi descentralizada em Mato Grosso do Sul e descrever os benefícios de diagnosticar precocemente a doença e a resistência, bem como o uso dos resultados como fonte de pesquisa. Materiais e Métodos: A técnica foi escolhida por sua simplicidade, sensibilidade e baixo custo, por não requerer centrífuga, estufa ou cabine de segurança biológica e pela facilidade de transporte dos semeados em temperatura ambiente, favorecendo o atendimento de populações distantes dos grandes centros. A descentralização da semeadura ocorreu após identificação ou adaptação de estruturas locais, capacitação de pessoal e fornecimento de insumos. Subsequente apoio técnico, supervisões e monitoramento foram proporcionados. Resultados: O uso da técnica iniciou-se em 1999 no laboratório do Hospital Porta da Esperança, em Dourados, então único serviço para tratamento de tuberculose em povos indígenas. Gradativamente, expandiu-se a outros municípios e populações. Atualmente, cerca de 60% da população sul-mato-grossense é coberta por este recurso laboratorial, destacando-se populações privadas de liberdade, fronteiriças e de áreas prioritárias para o controle da doença. Conclusão: A nova rotina contribuiu para o controle da tuberculose no estado, tanto pelo diagnóstico precoce da doença como da resistência a drogas, favorecendo também estudos e avaliações de relevância epidemiológica.
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