Perfil microbiológico de bacteriemias e candidemias de origem comunitária em um hospital de Mato Grosso do Sul
Palavras-chave:
Infecções comunitárias adquiridas, Bacteriemia, Farmacorresistência bacterianaResumo
Introdução: As infecções comunitárias, causadas por bactérias resistentes aos antibióticos, constituem um problema em potencial, contribuindo para o aumento da taxa de morbidade e mortalidade de pacientes hospitalizados. Objetivo: Descrever o perfil microbiológico das bacteremias e candidemias de origem comunitária, confirmadas por hemocultura no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) ao longo do ano de 2017. Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo, através de buscas nos prontuários eletrônicos e registros do Laboratório de Microbiologia do HRMS. Foi utilizado o software BIOESTAT 5.0 para a análise estatística, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram identificados 52 pacientes com bacteremia de origem comunitária, correspondendo a 0, 5% de todas as hemoculturas realizadas e 4,21% das hemoculturas positivas no ano de 2017. Não houve diferença significativa entre gênero ou idade. 67,3% dos pacientes apresentavam comorbidades, principalmente cardíacas e diabetes Mellitus e/ou obesidade. Infecções de corrente sanguínea foram em sua maioria primárias, e as bactérias gram-negativos representaram a maioria dos casos. Os microrganismos resistentes corresponderam a 37,28% de todas as bactérias isoladas, dos quais 6 eram ESBL positivos. Não foram identificadas leveduras resistentes, exceto Candida krusei com resistência intrínseca à fluconazol. Conclusão: As infecções comunitárias identificadas no ano de 2017 foram principalmente causadas por bactérias gram-negativas, com prevalência de perfis com sensibilidade e acometeram pacientes acima de 60 anos, que estão mais sujeitos a complicações e evolução precoce a óbito, sobretudo os diabéticos e/ou obesos.
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